Como a Inteligência de Marketing pode auxiliar na melhora dos processos em Recursos Humanos

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Publicado: 26 de abril de 2022 | Atualizado: 20 de março de 2023.

Quem nos dias de hoje, em plena era digital, através do seu computador, tablet ou celular, já não acessou “o grande buscador” da internet procurando informação sobre determinado assunto e acessou um site onde preencheu um pequeno formulário solicitando duas simples informações: “Seu nome” e “Seu e-mail”?

E em pouco tempo começou a receber e-mails no endereço fornecido com a oferta dos mais variados materiais gratuitos para download: e-books, áudios, vídeos, apostilas, imagens e diversos outros?

Entretanto, essa mesma pessoa que acessou aquele site e nele forneceu seus dados pessoais (nome e e-mail), quando preenche um currículo virtual em um site de agenciamento de vagas de emprego, enfrenta uma dificuldade muito maior para receber esse retorno.

E a causas para essa diferença está nas mais diversas variáveis, todas com um ponto em comum. Vamos falar um pouco sobre isso e relacionar os possíveis pontos de intersecção com o forte apelo criado pela inteligência trabalhada no marketing digital.

 

A falta de questionamentos e informações qualificadas

É sabido que a era digital ainda reside predominantemente em quem tem mais habilidade no manuseio dos canais digitais. Plataformas como sites de entretenimento (redes sociais e sites de encontros amorosos, dentre outros), megalojas virtuais e marketplaces além de interessantes canais de EAD (institucionais ou não) são focados fortemente em públicos mais jovens, já inseridos nessa educação digital.

Dessa forma, conseguem tirar todo o proveito que essas informações trazem. Eles procuram se aprofundar em informações super-relevantes no momento de vida de seus clientes alvo

Cada um deles, segundo sua proposta, sabe quais as melhores informações a serem obtidas, cada qual voltado para as “dores” do internauta naquele momento e as dores que ele pode ajudar a resolver.

Saber que roupa gosta de vestir, suas comidas preferidas, seus programas de TV, se prefere campo ou praia? Tudo faz diferença no final da caminhada. E essa caminhada, no final, é para mapear os hábitos e costumes da pessoa. 

Como em toda a relação, é preciso criar uma confiança entre as partes envolvidas. A relação começa com um certo “distanciamento respeitoso” (um e-mail a cada X dias), cria-se uma aproximação suave e agradável (a frequência dos e-mails torna-se mais constante, os materiais oferecidos são mais qualificados e bonitos) e isso vai evoluindo até enfim se transformar em um “casamento”.

E esse casamento é a hora de vender o produto. Mas não é qualquer produto. É o produto certo, que o cliente está desejando naquele momento. 

E o que o Recrutamento pode aprender com isso?

Se entrarmos hoje em muitos e muitos sites de recrutamento e seleção de pessoas para vagas de empregos, a quantidade e principalmente a qualidade das informações parece ter ficado obsoleta, parada no tempo. Continua a ser a mesma de quando os formulários eram escritos à máquina datilográfica e preenchidos a caneta pelos candidatos.

Atualmente, as vagas de trabalho passaram a exigir profissionais atualizados com os recursos que temos hoje no mercado. Vagas semelhantes às vagas de antigamente, como estoquista, por exemplo, hoje requerem conhecimento em manuseio de uma empilhadeira.

Um operador de torno controla toda a operação através de um pequeno terminal computadorizado. Supervisores e gerentes precisam fazer relatórios e planilhas em um software apropriado para tal finalidade. 

Os exemplos mencionados acima são meramente ilustrativos, mas correspondem à realidade do mercado vivenciada pelas agências. Porém, nem sempre (ou melhor, dificilmente, quase nunca), o preenchimento de informações de currículos digitais em sites de recrutamento comporta pequenos questionamentos capazes de identificarem a aptidão, o gosto ou a vontade por assumir determinados postos de trabalho.

Frequentemente os recrutadores conseguem informações mais qualificadas sobre um candidato em sua rede social do que no currículo preenchido no site. Por exemplo, quais sites acessou, quantas vezes clicou em determinado link, que tipo de local frequenta, o que gosta ou sabe fazer melhor. 

Habilidades muito valorizados pelos empregadores como engajamento, dinâmica e comportamentos individuais (se a pessoa é muito “agitada” ou mais pacata, por exemplo), espírito de equipe e colaboratividade, são esquecidas no tipo de levantamento proporcionada pelos questionários hoje utilizados.

E essas informações fazem falta na hora da tomada de decisão, podendo levar a contratações equivocadas e consequentes desperdício de recursos financeiros, desgaste físico e emocional e perda de tempo por parte dos envolvidos na empresa contratante, dos contratados e em todo a cadeia envolvida.

É hora de pensar fora da caixa

É urgente que esse (e tantos outros) modelos ultrapassados de condutas e procedimentos sejam superados para que os mercados possam atingir um novo patamar. O trabalho das Agências de Recrutamento e Seleção é de suma importância para diversas empresas e negócios que não dispõem de recursos de tempo e pessoal para o desempenho dessa tarefa.

Entretanto, através das Agências podem realizar essa atividade de forma extremamente qualificada do ponto de vista técnico, a um custo bastante inferior do que manter departamentos internos voltados para isso.

É bastante necessário desenvolver sistemas com maior Inteligência de Negócio voltado ao ramo de Recrutamento e Seleção. Propor questionamentos pensados com critério e muito estudo para selecionar as informações mais importantes de serem mantidas (e as novas informações a acrescentar).

Ainda, deve-se estruturar a forma de abordar essas temáticas e como propor aos candidatos o seu fornecimento para conseguir traçar melhores perfis de candidatos para fornecer às empresas candidatos muito mais interessantes para ocupar seus cargos.